Número de mortos em terremoto no Afeganistão passa dos 1.400
Pelo menos 1.411 pessoas morreram, 3.124 ficaram feridas e mais de 5.400 casas foram destruídas, dizem autoridades

O número de mortos no terremoto de magnitude 6 que atingiu o Afeganistão na segunda-feira (1º), o pior do país em mais de duas décadas, saltou para mais de 1.400 nesta terça-feira (2), com ainda outros milhares de feridos, é o que apontam autoridades afegãs. As informações são da agência britânica Reuters e o portal InfoMoney.
Pelo menos 1.411 pessoas morreram, 3.124 ficaram feridas e mais de 5.400 casas foram destruídas, disse o porta-voz do governo Taliban, Zabihullah Mujahid. O coordenador da ONU no Afeganistão, por sua vez, disse que o número de mortos provavelmente aumentará.
Teme-se que mais pessoas estejam presas sob os escombros, informou a Sociedade do Crescente Vermelho Afegão, um grupo humanitário que atua na região. Os grupos de ajuda tem encontrado dificuldade para retirar os feridos e mortos dos escombros por conta do terreno acidentado e montanhoso da região atingida.
O Afeganistão é um país propenso a terremotos mortais, devido a sua localização próxima a cordilheira Hindu Kush, onde as placas tectônicas da Índia e da Eurásia se encontram. O sismo desta segunda ocorreu por volta da meia-noite no horário local, a uma profundidade rasa de 10 km, com as províncias orientais de Kunar e Nangarhar sendo as mais atingidas.
“Não podemos prever com precisão quantos corpos ainda podem estar presos sob os escombros”, declarou Ehsan. “Nosso esforço é concluir essas operações o mais rápido possível e começar a distribuir ajuda às famílias afetadas.”
O Fundo das Nações Unidas para a Infancia (Unicef) informou que está enviando medicamentos, agasalhos, barracas e lonas para abrigo, além de itens de higiene como sabão, detergente, toalhas, absorventes higiênicos e baldes de água.
O Talibã, que comanda o país desde 2021, por sua vez, também mobilizou seus soldados para a região, fornecendo ajuda e segurança. O desastre sobrecarregou ainda mais a administração do grupo no país, devastado pela guerra, e que já enfrenta uma queda acentuada na ajuda externa e deportações de centenas de milhares de afegãos por países vizinhos.
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