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As autoridades da Cidade de Gaza solicitaram neste sábado (16) intervenção internacional diante do temor de “deslocamento forçado” de palestinos, após o governo de Israel aprovar planos para ampliar a guerra no território e capturar a capital local.

Em comunicado, a prefeitura afirmou que o “plano de ocupação de tomar e destruir a Cidade de Gaza, junto com o consequente deslocamento forçado”, representa uma ameaça à paz e à segurança internacional. Os oficiais denunciaram a “ameaça de ocupação, destruição e deslocamento em massa” e convocaram a ONU e organizações internacionais a pressionarem Israel.

O plano israelense prevê a retirada de até um milhão de pessoas para o sul de Gaza, quase metade da população local. A agência israelense COGAT, que coordena a ajuda humanitária, informou que, a partir deste domingo (17), fornecerá tendas e equipamentos de abrigo para transferir civis “das zonas de combate”, com a entrega sendo feita pela ONU e por entidades internacionais, após inspeção de segurança.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel declarou que a ajuda humanitária será garantida “fora das zonas de combate”. Na prática, porém, críticos apontam que a medida obrigará os moradores a deixar a Cidade de Gaza, dificultando o acesso a alimentos e assistência.

A proposta gerou reações internacionais negativas. O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita classificou o plano como “limpeza étnica”, e o chefe de direitos humanos da ONU, Volker Türk, alertou para o risco de “mais deslocamentos forçados em massa, mais mortes, destruição sem sentido e crimes atrozes”. França, Irlanda e Canadá também condenaram a decisão.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que cabe a Israel decidir se ocupará toda a Faixa de Gaza.

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