Seja bem-vindo
Mata de São João,13/08/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Juros altos, inflação e incerteza: Saiba como investir bem até o final de 2025

Saiba como investidores precisam garantir retorno real e proteção patrimonial

Fonte: BNews
Juros altos, inflação e incerteza: Saiba como investir bem até o final de 2025 Foto: Reprodução / BNews
Publicidade

O segundo semestre de 2025 começou com um cenário macroeconômico desafiador e, ao mesmo tempo, repleto de oportunidades para quem souber diversificar com inteligência. Com o Produto Interno Bruto - PIB em recuperação moderada, Selic ainda elevada e inflação resistente, especialistas alertam que o momento exige uma revisão criteriosa do portfólio, com foco em previsibilidade, liquidez e valorização real.

O semestre exige reposicionamento e visão estratégica: “O investidor que diversificar com equilíbrio e buscar ativos com lastro real terá mais chances de superar a inflação, preservar capital e capturar oportunidades estruturais que surgem justamente em cenários desafiadores”, destaca Arthur Farache, CEO da Hurst Capital, maior plataforma de ativos alternativos da América Latina. Ele alerta que o cenário não é para apostas cegas ou para seguir modismos de mercado. “A palavra de ordem é estratégia: alocar com base em fundamentos, buscar rentabilidade acima da inflação e mitigar riscos locais com diversificação”.

Para Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, o cenário pede uma alocação mais seletiva, com foco em qualidade, proteção e geração de caixa.”Em um segundo semestre que começa marcado por um ambiente mais desafiador para os mercados, com inflação global ainda resistente, juros altos por mais tempo e crescentes tensões geopolíticas como o impacto das tarifas comerciais dos EUA sobre países do BRICS”, diz. 

O ambiente de juros altos ainda favorece produtos como Tesouro IPCA+, CDBs de bancos médios e debêntures incentivadas, especialmente para investidores conservadores ou que priorizam previsibilidade. Para o CEO da gestora de patrimônio Hike Capital, Jonas Carvalho, as debêntures incentivadas, especialmente aquelas indexadas ao CDI, com hedge e emitidas por empresas com rating entre A e AAA devem apresentar performance destacada no segundo semestre. 

A proximidade da mudança na tributação (prevista para 2026) tem gerado uma demanda recorde por esses papéis. Apenas em junho, foram R$ 37 bilhões movimentados no mercado secundário (o maior volume mensal já registrado), as emissões acumuladas ultrapassaram 132 bilhões em 2024, duas vezes o recorde anterior. “Um dos principais atrativos está na equivalência tributária: um ativo isento que rende 100% do CDI oferece uma rentabilidade líquida similar a um título tributado com retorno bruto de CDI + 2,6%, um diferencial expressivo no cenário atual e ainda depois de 2 anos (alíquota de 15%)”, explica Carvalho.

Ainda na renda fixa e seguindo a linha de produtos isentos de come-cotas e com excelente relação risco-retorno, os FIC FIDCs pulverizados têm ganhado ainda mais relevância em 2025. Com retornos líquidos na faixa de CDI + 2,5% a CDI + 3,3% e baixa oscilação, esses fundos se consolidam como alternativa eficiente à renda fixa tradicional. “Deve-se olhar para fundos que demonstrem consistência, resiliência e eficiência de risco. A carteira deve ser pulverizada, com forte controle de inadimplência e proteção robusta via subordinação”, observa Carvalho.

Lima concorda: “o mercado de crédito privado estruturado, em especial via FIDCs e CRIs de boa qualidade, deve ganhar protagonismo, oferecendo retornos superiores à renda fixa tradicional, com riscos bem calibrados quando selecionados criteriosamente”. 

Diversificar é vital

Independente do perfil do investidor, a renda fixa permanece como a espinha dorsal do portfólio, mas sozinha não é suficiente para proteger o poder de compra a longo prazo. Segundo Farache, ativos alternativos, como precatórios, royalties musicais, ativos judiciais e investimentos estruturados em dólar, podem ampliar os ganhos. “Esses produtos oferecem rentabilidade real, previsibilidade de fluxo e menor correlação com a volatilidade dos mercados tradicionais”, afirma.

Entre os destaques estão os precatórios de pequeno valor (RPVs), com prazos mais curtos e riscos jurídicos mitigados, além de royalties de obras consolidadas, que geram pagamentos mensais e previsíveis, mesmo em cenários de baixo crescimento.

Fundos de CRI indexados à inflação, FIIs logísticos e híbridos seguem atrativos para geração de renda mensal e diversificação setorial. 

Na Bolsa, a dica é privilegiar companhias com estrutura de capital mais leve, trajetória clara de desalavancagem e forte geração de caixa em relação ao valor de mercado. “Este perfil tende a ser recompensado no atual cenário de juros elevados, maior seletividade e compressão de múltiplos”, afirma o CEO da Hike Capital.

Na visão de Lima, o investidor deve priorizar setores defensivos e empresas com fluxo de caixa previsível, baixo endividamento e histórico consistente de dividendos. “Energia elétrica, saneamento, bancos e seguradoras devem seguir entregando resiliência. Contudo, vale lembrar que a volatilidade esperada nas commodities e no câmbio também pode abrir oportunidades táticas em exportadoras, desde que acompanhadas de proteção”, recomenda.

Já os investimentos internacionais, via BDRs, ETFs globais e fundos cambiais, também são recomendados, tanto como forma de proteção cambial quanto de acesso a economias mais estáveis.

Para o investidor conservador, explicam os especialistas, a combinação ideal envolve até 70% em renda fixa, 20% em ativos alternativos e pequenas fatias em FIIs e ativos internacionais. Já os perfis moderado e arrojado devem aumentar a exposição à Bolsa, ativos alternativos e operações em dólar com aportes progressivos e foco em longo prazo.

Segundo Farache, a composição não é rígida, mas serve como base para repensar o portfólio e foi construída com base nas recomendações de instituições como JP Morgan, BlackRock e Morgan Stanley, que reforçam a importância de diversificar entre classes tradicionais e novas oportunidades. “Nesse contexto, os ativos alternativos deixam de ser uma exceção e passam a ocupar um papel estratégico, contribuindo com potencial de retorno e redução de volatilidade nas carteiras”, ressalta Farache.

Publicidade



COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.